A acessibilidade no cotidiano das empresas
Conhecemos o Bruno Mahfuz, sócio-fundador do Guia de Rodas, e em um bate-papo muito produtivo — que contou também com a participação da Débora Ribeiro, gerente de parcerias estratégicas da Robert Half — sobre cultura da acessibilidade, entendemos a relevância do assunto.
Mesmo hoje em dia, o tema é discutido com certo cuidado, quando, na verdade deveria ser abertamente discutido e focado em reduzir os abismos que a falta de inclusão constrói.
Veja, a seguir, o que foi debatido nesta conversa para o podcast da Robert Half!
A importância das empresas se tornarem mais acessíveis
Mahfuz introduz o tema relembrando que, apesar dos muitos e muitos avanços dos últimos anos, há quem ainda enxergue a cultura de acessibilidade como novidade ou, ainda, como uma solução sob demanda. Ou seja: adaptável conforme a necessidade.
A ideia do seu aplicativo, o Guia de Rodas, veio justamente para promover mais conscientização sobre o assunto. Além de evitar que acessibilidade se enraíze como algo oneroso na sociedade, mas algo relevante e fundamental para toda a sociedade.
No app, voluntários e pessoas com deficiência prestam um serviço de utilidade pública para apontar quais estabelecimentos possuem facilidades de acesso além de exercitar o “olhar acessível” dos usuários da plataforma.
Mais da metade dos usuários não possui nenhum tipo de deficiência
Mahfuz ainda aponta que mais de 50% da base de usuários ativos do Guia de Rodas declaram não ter nenhum tipo de deficiência. Sinal de que mais pessoas estão atentas à pauta, então.
No contexto do mercado de trabalho, Mahfuz e Débora Ribeiro concordam que a cultura de acessibilidade passa diretamente por 3 pilares:
- segurança;
- conforto;
- autonomia.
O mínimo, portanto, “para que as pessoas desempenhem seu potencial no mercado de trabalho”. Pois a acessibilidade não se restringe ao acesso, mas à permanência também.
E Mahfuz destaca que seu app também tem atuação destacada nas organizações por meio de certificações. Tudo para que as normas se transformem no piso dessa ação estratégica e, assim, qualificar ao máximo o ambiente de trabalho. Como resultado, ele também espera que a cultura de acessibilidade não seja uma obrigação, mas um diferencial, um valor agregado.
O cuidado atual das empresas com a cultura da acessibilidade
Débora Ribeiro reforça que o momento das empresas, hoje em dia, “(…) é melhor, mas nunca será perfeito. O assunto está em pauta por conta do ESG também, mas a conscientização é um grande avanço”, ela destaca.
É um resultado direto da conscientização da sociedade que, atualmente, faz com que elas escolham melhor as marcas que elas consomem e as empresas onde trabalham.
Bruno Mahfuz lembra, ainda, o quanto as instituições de ensino se adaptaram e buscaram tornar a cultura de acessibilidade em algo natural, e não em exceção, como foi no seu caso à época — “estudei onde podia”, ele relembra com base nas adaptações que a sua universidade empreendeu para que ele pudesse acompanhar todas as aulas ao longo da sua graduação.
Agora, no dia a dia das empresas, Débora e Bruno também entram em consenso a respeito das melhores práticas:
- no processo seletivo é importante questionar o tipo de acessibilidade que os candidatos precisam. Isso gera abertura e transparência na relação;
- processos seletivos exclusivos também ajuda a criar mais empoderamento para as pessoas;
- estrutura física também é fundamental, mas são as pessoas que acolhem as outras. Diálogos francos, abertos e acolhedores são fundamentais para reduzir os abismos em torno do tema;
- toda a empresa deve considerar a comunicação leve, empática e de ouvidos atentos para saber como mudar, em todos os níveis.
É importante lidar com a deficiência de forma natural
Mahfuz ainda reforça que “deficiência é característica, não necessariamente vulnerabilidade” e que por isso as pessoas devem lidar com o assunto naturalmente. Respeito e cordialidade, sempre, para aprender e compreender como tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo e pautado por atenção e gentileza também.
Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui e confira o episódio na íntegra com Bruno Mahfuz, do guiaderodas!
Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.
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