O que é neurodiversidade e como aplicá-la no ambiente de trabalho?
Tempo estimado de leitura: 5 minutos
Neurodiversidade: um assunto que ainda carece de amplo conhecimento geral, do mercado, para inserir-se e ser bem recebido. Afinal de contas, quando falamos em inclusão e acessibilidade, existem excelentes ações e também pouco conhecimento sobre o assunto, como um contrapeso.
Daí, a necessidade de aprofundar e afalar abertamente sobre o tema. É por isso que, em mais um episódio do podcast da Robert Half, nos reunimos com quem tem muito a tratar sobre o assunto.
Como é o caso da Christine da Silva Schröeder, pesquisadora e professora da UFRGS, e da Débora Ribeiro, Gerente de Parcerias Estratégicas da Robert Half. Veja, abaixo, os principais pontos levantados nessa produtiva discussão sobre neurodiversidade!
Mas, afinal, o que é neurodiversidade?
Embora existam conceituações diversas sobre o assunto, a neurodiversidade pode ser definida a partir do princípio de que as pessoas neurodivergentes não precisam ser tratadas, curadas e tampouco isoladas da sociedade. Elas precisam, sim, de compreensão.
Nesse sentido, Christine da Silva Schröeder, professora da UFRGS, reforça o peso de todas as diferenças que as pessoas carregam em seus próprios cérebros. “Somos todos neurodiversos” porque temos individuais concepções (ainda que similares ou não) de pensar e sentir
O mesmo vale para quem vive no espectro do autismo e quem é portador de TDAH e dislexia, entre outros. E sabe qual é a importância principal de discutir isso, atualmente? Entre 1 e 2% dos brasileiros se enquadram no autismo — mais ou menos dois milhões de pessoas.
Outro dado curioso e preocupante: 85% dos autistas no país estão afastados do mercado de trabalho, atualmente. Muitas pessoas que poderiam, em vez disso, contribuir com atividades diversas e em qualquer ramo de atuação.
É, portanto, um número elevado de pessoas com potencial para ingressar e inovar no mercado de trabalho. Não havendo, assim, motivos para excluir tanta gente.
Como trabalhar a questão no processo seletivo das empresas?
Débora Ribeiro e Christine da Silva Schröeder entram em consenso quando abordam o processo seletivo de pessoas neurodivergentes: essas características devem ser reconhecidas e respeitadas.
Além disso, é igualmente importante incluí-las por meio de alinhamentos com base nas necessidades que cada profissional possua. Além, é claro, de transparência e conversa para tornar o ambiente de trabalho apropriado, seguro e adaptável aos diferentes perfis de profissionais;
No processo seletivo, exclusivamente, Ribeiro reforça que os recrutadores que compreendem a importância da neurodiversidade conseguem identificar boas oportunidades de concentração.
Por exemplo: pessoas com dificuldade de concentração em ambientes ruidosos (como uma central de atendimento) podem ser muito bem aproveitadas em áreas que não possuam as mesmas particularidades.
Trata-se de entender, compreender e extrair o melhor de cada pessoa. Assim como já deve ser um processo seletivo corporativo.
E em quais áreas elas podem trabalhar?
Mais um consenso entre as participantes desse episódio da Robert Half: a neurodiversidade é uma área que permite às pessoas a oportunidade de trabalhar onde elas quiserem trabalhar.
Para isso, é claro, as empresas devem demonstrar comprometimento e confiança nos seus colaboradores para incluir mais pessoas e agregar, com isso, novas perspectivas.
E todas as áreas do mercado de trabalho permitem isso.
Ambas apenas destacam, ainda, que é fundamental às empresas a criação de um ambiente seguro para todas as pessoas. E a partir disso contribuir com o desenvolvimento e o aprimoramento das soft skills para cada cargo no qual o colaborador pode ser útil.
E, por fim, existe um alinhamento de ideias entre elas no que diz respeito à abordagem às pessoas em um ambiente neurodiverso: linguagem direta, evitar o uso de ironia e metáforas e objetividade na mensagem.
Como elas bem destacam, o respeito e a compreensão são as palavras-chave para colocar a neurodiversidade em pauta nas empresas, e com eficácia para agregar segurança, inclusão, produtividade e resultado nas empresas.
E você pode aprender ainda mais sobre o assunto, sabia? Além dos pontos discutidos acima, você pode ficar por dentro de tudo o que foi abordado nessa conversa sobre neurodiversidade, basta clicar aqui para ouvir o episódio de nosso podcast na íntegra!
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