Viajar e trabalhar é o sonho de muita gente. E os avanços tecnológicos dos últimos anos mostraram que esse é um estilo de vida possível e que vem ganhando força no mundo inteiro.

Calcula-se que, hoje em dia, existam pouco mais de 35 milhões de nômades digitais trabalhando enquanto viajam — e vice-versa. Mesmo assim, ainda tem quem não entenda bem o conceito, os benefícios e a relação que isso cria entre empregadores e funcionários.

Por isso, chamamos o Matheus de Souza, escritor, educador, palestrante e nômade digital para uma conversinha sobre o assunto. Confira, a seguir, os principais pontos dessa conversa para mais um episódio do podcast da Robert Half, e que também contou com a participação de Alex Arima, gerente sênior de marketing e relações-públicas da empresa.

Como é ser um nômade digital?

Matheus de Souza começa explicando o que não é um nômade digital, já que existe desinformação sobre a ideia do nomadismo, vendida com imagens glamourosas de pessoas trabalhando à beira-mar. 

Essa é uma percepção equivocada do nomadismo digital, que segundo Souza se explica melhor a partir dessa relação de pessoas que não têm residência fixa e usam a tecnologia digital para trabalhar remotamente. 

Ou seja: não se trata de ser um “turista em tempo integral”. Contudo, Matheus de Souza gosta de destacar o valor que essa liberdade de fronteiras proporcionar em sua rotina: “Para mim, acabou o expediente e depois eu vou dar uma volta para conhecer a cidade onde estou. Algo que, na minha cidade natal, talvez eu não fizesse com a mesma frequência”.

Essa é uma das vantagens, somada também a essa ressignificação que foi dada ao período de férias para ele que, hoje, é um freelancer. Ele não precisa mais esperar o benefício anual concedido aos profissionais com carteira assinada e, tampouco, esperar pela aposentadoria para conhecer o mundo. “Eu viajo enquanto trabalho, e trabalho enquanto viajo”, ele resume bem.

O que considerar para se tornar nômade digital?

Alex Arima lembra que a humanidade se desenvolveu, nos primórdios, por meio do nomadismo e da necessidade de mudança. Algo que, atualmente, se compara com a possibilidade de viajar através de diferentes fronteiras em busca de um lugar ideal para viver e trabalhar.

Matheus de Souza corrobora com a reflexão, complementando que existem pontos necessários a serem considerados antes de cair na estrada, como:

  • custo de vida desses locais (ele indica, ainda, o site Nomad List para análises);
  • a infraestrutura em internet e em geral do local onde você pretende viajar;
  • níveis de segurança;
  • acomodações.

Como sugestão, ele indica o sudeste asiático como uma região que reúne bem todos os quesitos acima. Inclusive, é uma área de grande encontro de nômades digitais, hoje em dia.

O que tem na mochila de um nômade digital?

Quando transformou sua rotina tornando-se um nômade digital, em 2017, Matheus de Souza descobriu que carregava nas costas muito mais do que era necessário. Isso ele percebeu a partir de suas próprias experiências, encontrando um modelo ideal em um mochilão com 50 litros e uma mochila menor para levar seus equipamentos de trabalho.

O que esperar do mercado com relação ao nomadismo digital?

Matheus de Souza lembra que, em 2015, não obteve a resposta que esperava quando conversou com seus superiores a respeito da possibilidade de trabalhar remoto. Mas entende que aquele era outro momento.

Hoje, a própria pandemia mostrou que existe a possibilidade de desenvolver um trabalho nesses moldes. Inclusive, em áreas que muita gente nem imaginava que fosse possível — o setor de contabilidade, por exemplo, pode ser exercido de qualquer lugar tendo as ferramentas certas.

Souza até sugere um exercício para quem pergunta quais profissões podem ser exercidas como nômades digitais: “pergunte-se se o seu trabalho, hoje, pode ser feito de modo remoto”.

A resposta pode ser o primeiro passo que alguém precisava para se tornar nômade digital.

E para saber mais a respeito do assunto e aprofundar-se nessa possibilidade disruptiva de trabalhar, viajar e mudar o mindset tradicional de encarar a vida, clique aqui e ouça o episódio na íntegra!

Robert Half Talks

Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

Mais informações sobre o Robert Half Talks você confere em: Podcast: Robert Half Talks | Robert Half