Um abalo emocional tende a impactar diretamente no engajamento e na produtividade de uma pessoa. Para amenizar essa situação e evitar o agravamento dos danos no bem-estar das equipes, as empresas têm adotado algumas boas práticas, como horários flexíveis, conversas individuais com lideranças ou profissionais de RH, contato emergencial com profissionais de psicologia por telefone, ajuda de custo para terapias e cursos de bem-estar.
No entanto, é preocupante que ainda existam organizações que não oferecem nenhum apoio a pessoas que se sentem emocionalmente abaladas. Apenas 52,98% das pessoas lideradas afirmam que suas empresas oferecem algum tipo de suporte psicológico, enquanto 47,02% relatam não receberem nenhum apoio nesse sentido.
Esse processo envolve preparar as lideranças para lidarem melhor com seus próprios desafios pessoais e profissionais e oferecer um primeiro apoio para profissionais em relação a possíveis questões psicológicas. A pesquisa destaca que 69,17% das lideranças e 75,00% das pessoas lideradas acreditam que a inteligência emocional é uma das habilidades mais importantes para contornar situações de medo e estresse no trabalho, seguida de adaptabilidade, flexibilidade e capacidade de comunicação eficaz.
Ainda sobre as relações no ambiente corporativo, 94,17% das lideranças relatam adotar práticas para se conectar com a equipe, como conversas informais sobre questões pessoais e profissionais (72,33%) e a criação de um ambiente aberto para as pessoas poderem expressar suas preocupações sem medo de retaliação (59,47%).
No entanto, 35,71% destas pessoas ainda não sentem que têm proximidade com suas lideranças diretas, sendo que 18,45% revelam que isso afeta negativamente o desempenho, a motivação e o engajamento no trabalho.
Outro ponto alarmante revelado pela pesquisa é a questão do assédio moral, que já foi experimentado por 35,12% das pessoas lideradas em alguma forma, seja por humilhação pública, sobrecarga de trabalho ou isolamento. Entre as lideranças, 18,20% admitem que, em algum momento de suas carreiras, já praticaram assédio moral, intencionalmente ou não.
Esses dados mostram que, embora já tenhamos avançado, ainda há um longo caminho a ser percorrido para criar ambientes de trabalho que realmente priorizem a saúde mental e o bem-estar emocional.
É fundamental que as organizações invistam em estratégias eficazes para apoiar a força de trabalho, especialmente em tempos de tanta incerteza e mudança. Sem uma inteligência humana saudável por trás das tecnologias e processos, jamais conseguiremos nos beneficiar de todo o potencial das inovações dessa nova Era.