Diretores brasileiros aparecem como os maiores adeptos deste modelo de contratação
O Brasil é o país com o maior número de empresas propensas a recorrer a profissionais que trabalhem por projetos para aliviar a escassez de habilidades na área de TI. De acordo com pesquisa da Robert Half, 44% dos 115 CIOs brasileiros entrevistados afirmaram ter a contratação desta mão de obra como principal medida diante do desafio de encontrar profissionais qualificados, à frente dos diretores da Bélgica (35%), de Singapura (31%) e da Alemanha (30%).
A França é o país onde a adesão à mão de obra temporária, para cargos que vão de analista a diretor, tem sido mais baixa, com apenas 25% dos entrevistados percebendo a Gig Economy - termo utilizado para definir uma forma de trabalho mais flexível - como uma medida fundamental para lidar com a falta de qualificação dos profissionais. “Recentemente, a 6a edição do Índice de Confiança Robert Half mapeou que mais da metade dos profissionais do Brasil com poder de decisão sobre o preenchimento de uma vaga (57%) avaliam a tarefa de encontrar profissionais qualificados como difícil ou muito difícil”, ressalta Caio Arnaes, gerente sênior de recrutamento da Robert Half.
Porcentagem de CIOs que solucionaram a falta de qualificação em seus departamentos recrutando profissionais por projetos (fonte: Pesquisa Robert Half)
Brasil - 44%
Bélgica - 35%
Singapura - 31%
Alemanha - 30%
Austrália - 29%
Hong Kong - 29%
Reino Unido - 29%
França - 25%
Outras medidas adotadas - A Gig Economy está transformando os locais de trabalho ao redor do mundo. Na área de TI, as mudanças são ainda mais significativas, pois elas são infladas pela transformação digital, exigindo das equipes constante atualização e aperfeiçoamento do conjunto de habilidades. De acordo com a pesquisa da Robert Half, que permitiu respostas de múltipla escolha, para aliviar a escassez de qualificação, os CIOs do Brasil têm, ainda: promovido programas de mentoria internos (opinião de 36% dos entrevistados); buscado auxílio em empresas de consultoria (36%); contratado estagiários (35%); buscado auxílio de profissionais de talento de outros departamentos da companhia (34%); e fornecido treinamento à equipe permanente para preencher a lacuna de habilidades (12%).
“Sem dúvida, investir no treinamento da equipe interna é importante. Mas, diante de uma demanda urgente de habilidade específica ou para a execução de um projeto com data para início e término, a contratação temporária de profissionais especializados é vital para a saúde dos negócios. É a decisão mais estratégica para garantir que as ações sejam finalizadas com qualidade e dentro do prazo estipulado”, explica Arnaes. No total, a pesquisa da Robert Half mapeou a opinião de 1128 CIOs de oito países.