São Paulo, fevereiro de 2023 - As pessoas são o ativo mais precioso de uma organização e não é de hoje que se ouve que muitos profissionais costumam sair de empregos por conta de líderes ruins. Os últimos anos trouxeram uma série de mudanças positivas para as empresas, dentre elas, a urgência de olhar com mais atenção para os talentos de casa. A depender dos profissionais entrevistados na última edição do Índice de Confiança Robert Half, a questão será trabalhada pelas empresas ao longo de 2023.
De acordo com a 22ª edição do estudo, os três focos das empresas na gestão de pessoas para 2023 são: investimento no treinamento e desenvolvimento dos colaboradores (55,3%), promoção de uma cultura corporativa forte (49,2%) e garantia da saúde mental da equipe (44%). O reforço de estratégias de retenção aparece em seguida (43,7%).
“As empresas vêm em um processo de enxergar a possibilidade de amenizar os evidentes gargalos de qualificação com a capacitação interna de seus profissionais. Mais do que desenvolver competências críticas, potencialmente escassas no mercado, a prática auxilia na retenção de talentos em um momento do mercado de trabalho no qual os melhores profissionais estão sob alta disputa”, reflete Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.
Além das prioridades, a pesquisa também mapeou os desafios que mais impactam as lideranças na gestão de pessoas. Na visão dos recrutadores entrevistados, os três principais são, nesta ordem, assegurar a motivação da equipe (50,1%), reter profissionais-chave (44,2%) e contratar talentos com as competências, técnicas e comportamentais, necessárias para as vagas em aberto (35,4%). Em quarto lugar, proporcionar ao time equilíbrio entre vida pessoal e profissional (31%).
“Quiet Quitting”?
É notório que há um importante movimento de profissionais em busca de relações mais saudáveis com o trabalho e de oportunidades mais alinhadas ao seu perfil e momento de vida. Nesse contexto, o termo “quiet quitting” ganhou destaque nos últimos meses. Para além do que a tradução literal sugere, vem sendo usado para caracterizar profissionais que defendem limites bem estabelecidos entre trabalho e vida pessoal, correspondendo às obrigações, mas não fazendo mais ou menos do que o acordado no contrato.
Segundo o ICRH, nos últimos seis meses, 52% dos executivos identificaram colaboradores da sua empresa aderindo ao "quiet quitting" e 57% acreditam ser uma tendência que vai perdurar no médio-longo prazo. No entanto, 77% dos profissionais disseram nunca ter praticado a filosofia.
O que motivaria os profissionais a aderir ao “quiet quitting” |
O que as empresas poderiam fazer para minimizar os impactos |
Falta de reconhecimento/oportunidades de crescimento (62%) |
Comunicação clara e direta entre líderes e liderados (69%) |
Construir uma relação mais saudável com o trabalho (57%) |
Promoção de oportunidades de crescimento profissional (49%) |
Insatisfação com o superior imediato (43%) |
Estabelecimento de limites saudáveis de carga horária (48%) |
(Fonte: 22ª edição do Índice de Confiança Robert Half)
Ao analisar o termo, os recrutadores basicamente se dividem entre os que acreditam se tratar de falta de engajamento e os que consideram uma prática que visa o equilíbrio pessoal e profissional.
“Mais do que uma espécie de movimento orquestrado, entendo o ‘quiet quitting’ como uma resposta dos profissionais a anos intensos de trabalho em meio a um contexto de forte desgaste psicológico”, explica Lucas Nogueira. “Independentemente das motivações, as prioridades de muitas pessoas mudaram, especialmente em relação ao trabalho. Por isso, uma gestão próxima, empática, transparente e que inspire confiança é cada vez mais crucial para lidar com as complexidades apresentadas pelo mercado de trabalho contemporâneo. Uma combinação cuidadosa de liderança e gestão convoca as pessoas a serem suas melhores versões, tenha isso em mente”, finaliza.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
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