São Paulo, outubro de 2022 - As recentes transformações pelas quais o mundo está passando demandam das empresas postura mais ativa e responsável quanto ao seu papel na proposição de uma agenda ESG (sigla para compromisso com metas ambientais, sociais e de governança corporativa), o que incentiva a busca por profissionais qualificados na área. No entanto, mais da metade (55%) das companhias indicam a escassez de especialistas como uma das principais barreiras para a implementação de estratégias vinculadas ao tema. É o que aponta o novo Guia Salarial 2023 da Robert Half, reconhecido estudo da consultoria que levanta as tendências mais latentes do mercado de trabalho para o próximo ano.
“Por se tratar de um assunto relativamente novo, o desafio de encontrar profissionais especializados é maior. As próprias áreas dentro das empresas ainda precisam entender quais efetivamente são as habilidades, técnicas e comportamentais, importantes para as posições”, explica Ana Carla Guimarães, Gerente de Negócios da Robert Half.
Principais obstáculos para a adoção de práticas ESG dentro das empresas brasileiras
Ausência de uma área dedicada ao tema |
56% |
Falta de profissionais qualificados e especialistas no assunto |
55% |
Limitação de fundos para implementação |
40% |
Falta de apoio/empenho da liderança |
37% |
“O contexto, é claro, gera ótimas oportunidades aos profissionais que investirem em qualificação. Hoje, o que se espera é a capacidade de compreensão e análise dos indicadores e metas da organização com o tema, identificação de oportunidades de desenvolvimento em ESG, aptidão para avaliação dos riscos relacionados a questões éticas e sociais da empresa, preparação e avaliação dos relatórios e indicadores relacionados à temática, e conhecimento para auxílio em estratégias de desenvolvimento de novos produtos e serviços com o menor impacto no meio ambiente e sociedade. E para executar tais funções, habilidades analíticas e boa comunicação são fundamentais”, destaca Guimarães.
Cultura corporativa ocupa papel cada vez maior na atração e retenção
A cultura corporativa tornou-se muito relevante na atração e retenção de talentos. Progressivamente, o tema ESG vem ganhando destaque e orienta tanto a busca por emprego quanto a aceitação de uma oferta de trabalho. A agenda chama a atenção dos colaboradores, pois simboliza os aspectos únicos de uma empresa, como sua ética, valores e crenças, e direciona suas práticas e formas de trabalho.
O Guia Salarial 2023 expõe que 78% das empresas afirmam ter notado maior atenção dos colaboradores com a cultura corporativa nos últimos 12 meses e 90% delas têm consciência de que uma cultura forte é essencial para atrair e reter pessoas talentosas. Não é à toa que 48% dos recrutadores apontam diversidade, equidade e inclusão como um dos temas mais abordados pelos candidatos nas entrevistas. Ética e valores corporativos (47%) e fontes de financiamento e investimentos (38%) aparecem logo em seguida.
Atentas à tendência, 31% das empresas já revelam usar a promoção de seus valores para atrair profissionais e 34% estão buscando melhorar a cultura corporativa como forma de reter talentos.
O que as empresas têm feito sobre ESG e Diversidade, Equidade e Inclusão?
Treinamentos de viés inconsciente |
41% |
Tornar as ações de DEI e ESG públicas a todos os stakeholders |
37% |
Criação de grupos de apoio interno (comitês) |
37% |
Mudanças para melhorar a experiência dos colaboradores |
34% |
Mudanças nos processos seletivos (CVs ocultos, vagas afirmativas, etc) |
31% |
Contratação de profissionais com foco em DEI e/ou ESG |
30% |
“As companhias devem ser mais transparentes com relação às suas práticas de ESG diante de profissionais cada vez mais atentos a esses critérios. Embora as escolhas profissionais sejam, em grande parte, orientadas pela remuneração, no final das contas, as pessoas buscam empresas cujos valores estejam alinhados aos seus. Em um mercado extremamente aquecido, isso fará diferença”, finaliza a diretora da Robert Half.
Segmentos em alta
- Saúde
- Bens de consumo
- Tecnologia
- Logística
- Infraestrutura
- Varejo
- Energia
- Fundos de Private Equity
- Bancos de investimento
Posições mais demandadas
- Engenharia
- Gerente de EHS (do inglês, Environment, Health and Safety)/ESG
- Coordenador de EHS/ESG
- Engenheiro(a) de EHS/ESG
- Mercado Financeiro
- Analista de ESG
- Especialista de ESG
- Gerente de ESG
- Heads de ESG
Algumas perspectivas de remuneração para 2023
- Engenharia
- Gerente de EHS/ESG (P/M): R$ 14.000 | R$ 18.000 | R$ 22.500
- Gerente de EHS/ESG (G): R$ 19.300 | R$ 26.000 | R$ 31.150
- Coordenador de EHS/ESG (P/M): R$ 9.800 | R$ 12.750 | R$ 15.950
- Coordenador de EHS/ESG (G): R$ 12.350 | R$ 16.050 | R$ 20.050
- Engenheiro de EHS/ESG (P/M): R$ 8.100 | R$ 10.500 | R$ 13.050
- Engenheiro de EHS/ESG (G): R$ 11.150 | R$ 14.400 | R$ 18.050
- Mercado Financeiro
- Analista de ESG: R$ 6.000 | R$ 8.000 | R$ 10.000
- Especialista de ESG: R$ 10.000 | R$ 12.000 | R$ 15.000
- Gerente de ESG: R$ 16.000 | R$ 18.000 | R$ 22.000
- Head de ESG: R$ 22.000 | R$ 25.000 | R$ 35.000
Metodologia - Guia Salarial 2023
O Guia Salarial da Robert Half apresenta três faixas salariais por cargo, determinadas pelo nível de qualificação e experiência do candidato, bem como pela complexidade de seu cargo ou indústria e setor de atuação. Os salários são divididos em percentis, representados por 25º/ 50º/ 75º, sendo que 50º não significa, necessariamente, a mediana do salário para determinado cargo. Os critérios para determinar em que faixa o perfil se encontra podem variar em torno da experiência na função, tempo no segmento, características setoriais, demanda e disponibilidade pelo perfil no mercado, habilidades e certificações extras. O percentil 25º representa um(a) candidato(a) que ainda é novo(a) no trabalho ou que ainda está desenvolvendo habilidades relevantes, já o 75º representa aquele(a) candidato(a) que tem mais experiência do que a típica e conta com todas as habilidades relevantes para o trabalho, além de especializações e certificações, por exemplo.
Faturamento das empresas (quando mencionado):
P/M (pequena/média) - até R$ 500 milhões
G (grande) - acima de R$ 500 milhões
Guia Salarial 2023 da Robert Half
O Guia Salarial da Robert Half é uma das mais respeitadas fontes de informação sobre remuneração e tendências de recrutamento para auxiliar empresas e profissionais a tomarem as melhores decisões. Traz a tabela salarial de mais de 300 cargos em diversas áreas, apresenta profissões e habilidades mais demandadas em todas as divisões de atuação da consultoria, com dados que refletem a realidade de vagas trabalhadas na Robert Half e informações das salas de entrevista.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
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