Cerca de 60% dos entrevistados se mostraram confiantes para os próximos 6 meses. Contratações por projetos também foi destaque

A 7ª edição do Índice de Confiança Robert Half – ICRH registrou recorde no mercado de trabalho, indicando uma recuperação do mercado de trabalho muito próxima de acontecer. O estudo revelou que todas as categorias mapeadas (desempregados, empregados e recrutadores) estão confiantes quanto ao momento atual e os próximos seis meses. “Lançamos o ICRH em agosto de 2017 e, desde então, esse é o melhor resultado de toda a série histórica. Para nós, isso é um claro indício de que os profissionais estão tendo mais acesso às oportunidades e que as empresas estão interessadas em dar andamento a projetos que estavam paralisados em decorrência das incertezas econômicas e políticas do País”, explica Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half. 

 

gráficos

Disputa pelos profissionais qualificados – Durante toda a série histórica, outro destaque foi que o índice de desemprego entre profissionais com 25 anos de idade ou mais e formação superior completa permaneceu bem abaixo da média geral da população, atingindo o menor índice (5,3%) desde o 2º trimestre de 2017.  Muito provavelmente este é o motivo para que 84% dos recrutadores (profissionais responsáveis pelo preenchimento das vagas nas empresas) prevejam que nos próximos meses o principal desafio no processo de seleção será encontrar profissionais com as habilidades e competências desejadas. “A recomendação é que as empresas estruturem processos de recrutamento ágeis, porém completos. Do contrário, há grandes riscos de perder o candidato escolhido para a concorrência”, alerta Mantovani.

ÍNDICE DE DESEMPREGO (Fonte: IBGE) 

Público

2º Tri

2017

3º Tri

2017

4º Tri

2017

2018

2018

2018

2018

Geral

13%

12,4%

11,8%

13,1%

12,4%

11,9%

11,6%

Profissionais qualificados

5,9%

5,4%

5,7%

5,9%

5,7%

5,4%

5,3%

 

Contratação por projetos é vantajosa para empresa e profissional – Muito comum na Europa e nos Estados Unidos, a contratação de profissionais temporários para cargos de analista a diretor tem ganhado muitos adeptos entre as empresas do Brasil. De acordo com a 7ª edição do Índice de Confiança Robert Half – ICRH, 90% dos profissionais que já atuaram pela modalidade afirmam que a experiência é positiva para o currículo. Do outro lado, 50% dos empregadores destacam que a modalidade temporária lhes permite acesso rápido à mão de obra qualificada. Nas empresas, as três principais demandas de executivos temporários são para suprir a falta de conhecimento específico durante um projeto; auxiliar a equipe permanente em períodos de excesso de trabalho; e cobrir a ausência programada ou emergencial de um profissional-chave.

Outros insights da 7ª edição do Índice de Confiança Robert Half – ICRH:

  • Principais motivos para desconsiderar um candidato - Mentira no currículo é inaceitável para 33% dos recrutadores entrevistados. Outros motivos bastante citados para desconsiderar um candidato do processo seletivo foram: quando o profissional não se encaixa na cultura da empresa (23%); quando ele não demonstra interesse pela vaga (12%); e quando fala mal do emprego anterior (12%).

  • O que mais chama a atenção do recrutador - Perceber que o candidato se encaixa na cultura da empresa é o principal motivo que faz brilhar os olhos de 29% dos recrutadores entrevistados, à frente de habilidades comportamentais (26%) e resultados atingidos nas empresas anteriores (17%).

Metodologia do ICRH – Lançado em agosto de 2017, o Índice de Confiança Robert Half – ICRH é um indicador de difusão que varia de 0 a 100. Os indicadores de difusão são de base móvel (50 pontos), construídos de forma que os valores acima de 50 pontos indicam agentes do mercado de trabalho de profissionais qualificados confiantes. A 7ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half no mês de janeiro de 2019, com base na percepção de 1161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); e profissionais qualificados empregados e desempregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior). Todos distribuídos regional e proporcionalmente pelo Brasil, de acordo com os dados do mercado de trabalho coletados na PNAD. Para os cálculos da taxa de desemprego dos profissionais qualificados, foram utilizados os microdados da PNAD trimestral, fornecidas pelo IBGE em seu portal, executando recortes na amostra para condizer com o perfil de profissionais qualificados. Para os profissionais contratados para projetos não foram observados os critérios estatísticos adequados, portanto seu resultado deve ser interpretado com cautela.