A inquietação dos profissionais, com envios impulsivos de currículos e trocas frequentes de emprego, pode não levar a bons movimentos de carreira


São Paulo, junho de 2024 —
O mercado de trabalho contemporâneo tem visto o surgimento de fenômenos impulsionados pelas redes sociais que frequentemente levam nomes em inglês, como o "rage applying" e o "job hopping", que estão inter-relacionados. A contrariedade e frustração com o trabalho atual, motivadores frequentes do "rage applying", tendem a resultar em trocas constantes de emprego, o "job hopping".

O termo “rage applying” ganhou destaque recentemente. A "candidatura por raiva", em português, é uma prática na qual as pessoas se inscrevem em diversas vagas de emprego por impulso, movidas por contrariedade ou frustração com o trabalho atual. E, com isso, acabam caindo no perigoso ciclo de “job hopping”.

A prática, contudo, tende a carecer de estratégia, levando a decisões precipitadas, como o envio massivo de currículos sem personalização para cada posição e a candidatura a vagas fora do perfil do profissional.

"É uma prática que não condiz com o planejamento de carreira. O impulso leva a candidaturas sem foco, que geralmente não conduzem a boas oportunidades. Uma carreira bem-sucedida é resultado de uma construção cuidadosa e bem pensada. Muitos profissionais também não se conhecem a fundo para saber o que realmente querem ou o que, de fato, os motiva. Por isso, é importante fazer esses movimentos com reflexão e maturidade", comenta Leonardo Berto, gerente da Robert Half.

Pula-pula

Embora possa parecer tentador ser um “job hopper”, é necessário se atentar ao fato de que os recrutadores nem sempre consideram isso como uma característica atrativa nos candidatos. De acordo com a 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half, 69% dos recrutadores avaliam candidatos com histórico de “job hopping” considerando o contexto e as razões para as mudanças. Além disso, 55% se preocupam com a falta de estabilidade e 46% veem isso como um indicativo de dificuldade de adaptação.

"É evidente que o mercado de trabalho vive em constante transformação e, para além do tempo de permanência em cada oportunidade, o que vem ganhando relevância são os aprendizados e conquistas de cada experiência. No entanto, reforço que devemos ser protagonistas de nossa trajetória profissional, encarando a carreira de maneira estratégica. Profissionais 'pula-pula' que não tiverem explicações bem desenvolvidas para as mudanças podem ser vistos de forma negativa pelas empresas", completa Berto.

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.

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