Pesquisa da Robert Half aponta, ainda, dez motivos para recorrer a este modelo de contratação
As empresas têm aderido à Gig Economy - formas de trabalho flexíveis - na medida em que o mundo corporativo evolui. Esta pode ser uma das leituras da pesquisa da Robert Half, que mapeou a opinião de 1128 CIOs de 12 países quanto à composição mais adequada do quadro de colaboradores.
No Brasil, 25% dos 115 CIOs entrevistados acreditam que, até 2023, a força de trabalho, em cargos que vão de analista a diretor, será integrada por 10% de profissionais temporários e 90% permanentes. Enquanto para 19% a proporção ideal é de 30% contratados por projetos e 70% integrando o quadro fixo. Apenas 10% dos entrevistados brasileiros demonstraram não ter intenção de mesclar a equipe e esta é a mesma porcentagem da média global.
“As empresas precisam se preparar para uma maior flexibilidade com relação à sua força de trabalho. Nos mercados americano e europeu esse entendimento já é uma realidade e, felizmente, aqui no Brasil as companhias vêm amadurecendo muito nos últimos anos”, ressalta Caio Arnaes. “Vários fatores têm impulsionado este novo momento, como o constante avanço da tecnologia, o novo perfil dos profissionais e a guerra das organizações pelos profissionais de talento”.
Qual será a divisão perfeita da força de trabalho dentro de uma organização, até 2023? (Fonte: Pesquisa Robert Half)
Divisão da força de trabalho |
% de CIOs que concordam MÉDIA GLOBAL |
% de CIOs que concordam BRASIL |
100% permanentes |
10% |
10% |
90% permanentes + 10% temporários |
18% |
25% |
80% permanentes + 20% temporários |
17% |
17% |
70% permanentes + 30% temporários |
19% |
19% |
60% permanentes + 40% temporários |
11% |
6% |
50% permanentes + 50% temporários |
11% |
10% |
40% permanentes + 60% temporários |
5% |
6% |
30% permanentes + 70% temporários |
4% |
3% |
20% permanentes + 80% temporários |
2% |
2% |
10% permanentes + 90% temporários |
2% |
0% |
100% temporários |
1% |
2% |
Dez motivos para ter um temporário na equipe - A pesquisa da Robert Half identificou, ainda, dez benefícios que os CIOs brasileiros relataram ao optar pela inclusão de profissionais temporários no quadro de colaboradores. Entre as razões de destaque está o suporte à equipe permanente durante a ausência emergencial ou programada de um profissional importante para o desenvolvimento do negócio, seguida pela oxigenação de ideias e iniciativas em prol da inovação.
“Ter estratégia ao definir a composição do quadro de colaboradores e ao recrutar esses profissionais é fundamental para ter uma equipe de qualidade e, assim, ter mais chances de expandir os negócios e ganhar em competitividade diante da concorrência”, reforça Arnaes.
Dez benefícios de contratar temporários (fonte: Pesquisa Robert Half)
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Suporte durante ausência emergencial ou programada de profissional-chave (opinião de 40% dos entrevistados)
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Acesso a novas ideias e iniciativas em prol da inovação (40%)
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Transferência de conhecimento para funcionários da equipe permanente (36%)
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Acessar qualificações técnicas específicas sem ter que recorrer a uma consultoria do projeto em questão (34%)
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Apoio ao crescimento organizacional (34%)
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Flexibilidade com relação aos custos de pessoal e de recursos (32%)
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Gerenciamento de picos de carga de trabalho (32%)
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Acesso a qualificações técnicas específicas (30%)
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Suporte para o departamento caso a contratação de um profissional permanente dê sinais de que vai demorar muito (30%)
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Mitigação de risco comercial (23%)
Mapa da contratação de temporários (fonte: Robert Half)
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Quando contratar - Para que a equipe permanente não fique sobrecarregada diante do aumento da demanda ou de acontecimentos importantes e pontuais; para suprir a ausência programada ou inesperada de um profissional-chave; ou para a execução de projeto que tem data para início e término, quando este exige um conhecimento específico e nenhum profissional do grupo possui as qualificações necessárias.
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Com quais projetos ele pode contribuir - Implementação de sistemas, adequação de processos fiscais, consolidação de relatórios financeiros, gestão de risco, governança e compliance ou auditoria interna, entre outras ações.
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Quais habilidades observar no candidato - Foco em resultados e na resolução de problemas; perfil consultivo, questionador e mão na massa; senso de dono; flexibilidade; disponibilidade; habilidade de comunicação para lidar com profissionais de diferentes perfis e níveis hierárquicos; alto conhecimento técnico da atividade que vai desenvolver; e vasta experiência no mercado de atuação.